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+ da minha HISTÓRIA DE VIDA REAL

Aos 23 anos me vi tendo três empregos, uma graduação em andamento e nenhuma vida social existente. Como conciliar tantas coisas em uma plantinha cheia de emoções complicadas? Sim podemos ser comparados a plantas porque para florescermos precisamos de cuidado, de alimento, de atenção. Somos um pouco mais complexos com toda certeza, mas não seria ilusão dizer que temos muitas semelhanças. Talvez a esta altura você já deve ter percebido, ou se ainda não agora é o momento... Todos passamos por fases e muitas vezes são bem semelhantes, momentos parecidos com o que outra pessoa também vivenciou, mas que são encarados de maneira diferente, o que muda é a maneira como passamos pela situação e a situação passa por nós.


Nessa mesma época eu dei tanta ênfase a sobreviver as contas e boletos que vamos acumulando, que esqueci que precisava relaxar, me cobrei tanto e exigi de mim produção e mais produção. E foi ai que me atrapalhei toda, ao invés de ter dinheiro, eu tinha cada dia mais contas, ao invés de ter mais conhecimento, apropriação e encantamento com meu curso, cada dia eu tinha mais um motivo pra reclamar de ter que ir todas as noites pra universidade e não poder descansar, foi nesse período que eu mais me repetia “não vejo a hora de acabar essa faculdade!”


Que bagagem pesada, e que história chata não acha? Mas é ai que ela começa a ficar interessante, nesse mesmo ano realizei meu segundo estágio curricular obrigatório e foi nesse mesmo ano que a Psicologia me salvou, assim como vem salvando ano após ano. Entrei em uma instituição de ensino para estagiar, que foi a mesma na qual eu me formei pelo Ensino Médio, e que nostalgia. Entrei pela porta da frente, com o peito estufado e pensei comigo quero fazer pelos alunos que estão nesta escola este ano, o que eu queria que tivessem feito por mim na minha época. Esse pensamento geralmente ocorre para alguém quando se torna pai ou mãe, estão comigo nessa? Mas esse pensamento também ocorre para pessoas que tem como objetivo enriquecer outras vidas e compartilhar coisas boas.


Com este intuito de enriquecer outras vidas, iniciei uma jornada cheia de pretensões e naquela instituição eu acabei por descobrir que quem realmente enriqueceu minha vida, foram aquelas pessoas que ali estavam, alunos, professores e equipe. Toda relação é uma troca, e que troca nós tivemos!


Falar para as pessoas sobre psicologia se tornou algo fácil, prazeroso e que fazia todo sentido pra mim. Despontei sobre temas emergentes, observei falhas, mas também tive oportunidade de vivenciar a prática que a teoria não faz jus. Tive ai uma relação amorosa com a “loucura” do sistema educacional, porque escolhi a loucura para nomear tudo isso? Já te falaram que só um louco para entender outro louco?! Claro que a definição de louco aqui é diferente para mim do que para vocês e usar ditados populares e conhecimento de senso comum pode não soar tão profissional para meus incríveis colegas da área. Mas este texto é para você, meu futuro paciente, você não acha que deve conhecer um pouco mais do seu psicólogo antes de se consultar com ele? Pois eu acho fundamental. Que fique claro, é a minha forma de pensar, e de agir expressa aqui.


Me aproximar das pessoas, fazer conexões, é tão bom, É TÃO VIDA!!


Mas cadê a vida social? Ah eu resgatei ela aos poucos e comecei a ver que as pessoas queriam acompanhar muito mais minha vida social do que profissional, mas isso é comum e recorrente, não posso culpar ou julgar ninguém, jamais, por isso. Vida alheia causa curiosidade, curiosidade instiga o ser humano, e tudo que nos sentimos instigados nos faz querer mais... Como qualquer outra pessoa, ai começaram minhas preocupações, Thais você tem que ser exemplo, não pode se permitir certas coisas, cadê tua postura ética e profissional?! Antes mesmo de pensar em formatura, somos moldados para nos privarmos de diversas coisas, se quisermos ser chamados de PROFISSIONAIS DE RESPEITO, mas será que psicólogo não é também um ser que sofre? Que sorri? Não podemos chama-lo de ser humano? Outra questão que pretendo abordar ao longo das minhas histórias, aguenta ai.


O “Vamos falar do que não se fala?!” surgiu para mim, na escrita do meu relatório de estágio ao final deste tão intenso ano que vivenciei e experimentei todas essas sensações de conciliar tudo e sobreviver, já ouviu algum adolescente te falar “Hoje eu to só existindo!” pois bem, no final do ano, onde parecia que eu tinha levado uma “surra” da vida, e depois de ter ouvido diversas vezes os alunos me falarem essa frase, entendi o que ela queria dizer, sabe aqueles dias em que tu acorda e te permite não produzir nada, não fazer grandes atividades e simplesmente só existir, foi bem assim que eu experimentei a sensação de só existir que eles tanto mencionavam. Depois de escrever o relatório e entender o quanto existem temas que não são abordados, tantos assuntos que as pessoas tem medo, vergonha, e duvidas em falar. Resolvi fazer deste seguimento meu trabalho de conclusão de curso, e abordar a sexualidade como foco principal. Porque ainda é considerado um tabu? Porque não podemos falar e expressar nossas opiniões sem correr o risco de sermos julgados??


Falar sobre o que é importante não deveria e não pode ser algo absurdo!


Foi então que escolhi usar as palavras ao meu favor... motivar, despertar, falar e emocionar e fazer dessas palavras meu lema, o lema que me aproxima de cada pessoa dia após dia, que me torna mais humana e não apenas mais uma na lista de profissionais listados no site do conselho.


VEM COMIGO?


VAMOS FALAR DO QUE NÃO SE FALA E FALAR SOBRE TUDO QUE É IMPORTANTE!

 
 
 

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