Desate os nós que te impedem de ser você mesmo

O que te impede hoje de ser quem você realmente é, em sua verdadeira essência? A ansiedade de corresponder às expectativas alheias? A angustia de não ser amado? Ou o Estresse encoberto pela constante avaliação do outro?

Atualmente o conceito de ser você mesmo, remete-nos a inúmeros questionamentos dos quais são advindos do viver em comunidade, viver em um lugar onde você seja culturalmente aceito e para que isso ocorra, muitas vezes somos levados a obedecer alguns padrões, falar e se comportar como tal, assumir o papel de integrante de um coletivo que se torna limitante, ou seja para viver em “comunidade” você terá que abrir mão da sua liberdade em muitos momentos da vida.

Zygmunt Bauman (2003) nos apresenta a idéia de que “Há um preço a pagar pelo privilégio de “viver em comunidade” — e ele é pequeno e até invisível só enquanto a comunidade for um sonho. O preço é pago em forma de liberdade, também chamada “autonomia”, “direito à auto-afirmação” e “à identidade”. Qualquer que seja a escolha, ganha-se alguma coisa e perde-se outra. Não ter comunidade significa não ter proteção; alcançar a comunidade, se isto ocorrer, poderá em breve significar perder a liberdade. A segurança e a liberdade são dois valores igualmente preciosos e desejados que podem ser bem ou mal equilibrados, mas nunca inteiramente ajustados e sem atrito. De qualquer modo, nenhuma receita foi inventada até hoje para esse ajuste. O problema é que a receita a partir da qual as “comunidades realmente existentes” foram feitas torna a contradição entre segurança e liberdade mais visível e mais difícil de consertar.”

No momento que nos colocamos na posição de pertencente a uma comunidade ou a um determinado grupo de indivíduos, procuramos incessantemente atender as expectativas alheias, esquecendo muitas vezes nossas vontades e nosso verdadeiro proposito. Ser aceito é muito mais relevante do que ser e obedecer suas vontades.

Nesse sentido encontramos e relembramos o significado e o valor da palavra Identidade “conjunto de características que distinguem uma pessoa ou uma coisa e por meio das quais é possível individualizá-la.”, todos somos únicos e devemos nos respeitar pelo que somos, em um conceito simples, porque não ser você mesmo em um mundo onde todos são tão iguais?!

“Identidade” significa aparecer: ser diferente e, por essa diferença, singular — e assim a procura da identidade não pode deixar de dividir e separar. E no entanto a vulnerabilidade das identidades individuais e a precariedade da solitária construção da identidade levam os construtores da identidade a procurar cabides em que possam, em conjunto, pendurar seus medos e ansiedades individualmente experimentados e, depois disso, realizar os ritos de exorcismo em companhia de outros indivíduos também assustados e ansiosos. (Bauman, p. 21, 2003)

Encarar a vida de frente, arcar com as consequências de ser quem você realmente é e quer ser, não é fácil, mas podemos contar com uma ajudinha profissional especializada para isso, você já conversou ou conhece o trabalho de um psicólogo?

Desatar os nós e amarras que te impedem de ser você, é um passo significativo no sentido contrário ao cotidiano, todos caminham por uma estrada, mas você quer e tem interesse em outra estrada, porque não seguir sua vontade e tentar um caminho novo?

Você deve e pode se questionar, você deve e pode seguir caminhos contrários, você deve e pode começar e recomeçar...

Com tantos questionamentos, será que não está na hora de procurar sua liberdade e ser quem você realmente é?! Defendo e apoio a ideia de que nada melhor do que ser você, independente da opinião dos outros, mesmo que inúmeras pessoas te julguem ou te façam pensar que não vale a pena ser diferente, sua crença deve ser respeito aos seus princípios, ao seu tempo e ao seu valor.

E ai, vamos falar do que não se fala?! Talvez muitos falem a mesma coisa, mas nunca da maneira que seu coração merece ouvir e que seus olhos mereçam enxergar.