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Ele(a) só pode ser bipolar... Tenho certeza que você já deve ter ouvido isso antes!

Usamos com frequência o termo bipolar pra definir algo ou alguém que oscila de humor ou muda de opinião várias vezes, mas bipolaridade é um transtorno que podemos subdividir em TIPO I e TIPO II.


Oscilações de humor são constantemente associadas ao transtorno bipolar e por esse motivo costumamos chamar as pessoas que nos cercam de bipolar sem nem pensar muito sobre. Falo isso porque antes de me tornar psicóloga, muito usei o termo bipolar pra definir amigos que mudavam de opinião como quem muda uma música no rádio do carro e vamos combinar que depois que inventaram o controle de comando na direção do carro, em que podemos trocar de música sem tirar a mão do volante, isso ficou muito mais recorrente.


Costumo usar sempre experiências minhas e um pouco da minha história, porque isso me aproxima de vocês, ahhh mas essa gatilho eu vou explicar em outro post com toda certeza. “Gatilhos mentais” é um assunto que provavelmente vai ser interessante abordar mais pra frente e pra isso você precisa me acompanhar aqui.

Voltando ao Transtorno Bipolar, o Bipolar Tipo I no DSM V (2014) é descrito como um período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento persistente da atividade, ou da energia, com duração de pelo menos uma semana e presente na maior parte do dia, quase todos os, acompanhado por pelo menos três sintomas adicionais:

1. Autoestima inflada ou grandiosidade.

2. Redução da necessidade de sono.

3. Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando.

4. Fuga de ideias ou experiência subjetiva de que os pensamentos estão acelerados.

5. Distratibilidade ( a atenção é desviada muito facilmente por estímulos externos insignificantes ou irrelevantes).

6. Aumento da atividade dirigida a objetivos (seja socialmente, no trabalho ou escola, seja sexualmente) ou agitação psicomotora.

7. Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas (envolvimento em surtos desenfreados de compras, indiscrições sexuais ou investimentos financeiros insensatos).


Muitos destes sintomas acontecem pra nós e são facilmente identificáveis, mas a diferença está na intensidade, na frequência e na maneira como isso é dirigido na nossa vida. Porque se estes sintomas realmente afetam nosso dia a dia, nossa produção e nos impedem de realizar tarefas recorrentes, daí sim é um indicio forte de que precisamos de ajuda.


Para todo e qualquer transtorno é importante o diagnóstico de um profissional, mas aqui vamos te orientar da melhor forma possível, promovendo autonomia e o conhecimento necessário pra conhecer e reconhecer quando e como é preciso de ajuda profissional.


Para o Transtorno Bipolar Tipo II também com base no DSM V (2014) e para quem não sabe o DSM trata-se de um Manual Diagnostico e Estatístico de Transtornos Mentais, que eu fortemente aconselho que não comprem, se vocês não forem estudantes ou profissionais da área, porque a leitura deste manual exige um olhar atento e direcionado. O transtorno bipolar tipo II caracteriza-se por um curso clínico de episódios de humor recorrentes, consistindo em um ou mais episódios depressivos maiores:

1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias.

2. Acentuada diminuição de interesse ou prazer em todas, ou quase todas, as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias.

3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento no apetite quase todos os dias.

4. Insônia ou hipersonia quase diária.

5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias.

6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias.

7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias

8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão quase todos os dias.

9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio.


Se não ficou claro para você, vamos diferenciar O tipo 1, se caracteriza por episódios de depressão e de exaltação de humor mais graves e agitação psicomotora em que a pessoa faz movimentos involuntários causados pela tensão. Já o tipo 2 do transtorno bipolar se manifesta por episódios depressivos e de exaltação de humor mais brandos, sem sintomas psicóticos.


Para todos estes comportamentos e sentimentos existem características associadas que devemos prestar maior atenção. Além disso Transtorno Bipolar não tem cura, mas um tratamento associado e combinado com medicamentos podem diminuir os efeitos e consequências deste transtorno no nosso dia a dia.


Chegamos à conclusão então de que BIPOLARIDADE não é hoje querer um sorvete de morango e amanhã de chocolate, isso se chama indecisão, ok?


Com base nas possíveis intervenções que um Psicólogo pode realizar no tratamento deste transtorno, a natureza psicoeducacional da Terapia Cognitivo Comportamental, promove o automonitoramento, a autorregulação, o aumento da auto-eficácia, a adesão à farmacoterapia, previne recaídas e modifica estilos cognitivos, tornando-os adaptados, mesmo na vivência de eventos estressantes.


O tratamento basicamente consiste em medicamentos, psicoterapia, atividade física diária, psicoeducação e controle de peso. Não seguir o tratamento pode prejudicar suas relações pessoais, profissionais e prejuízo significativo no desenvolvimento de suas atividades diárias.


A título de curiosidade e de acordo com a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB), o distúrbio atinge 4% da população, nada menos que 8 milhões de brasileiros, sofrem com o transtorno de bipolaridade, uma doença mental que representa um desafio significativo para portadores, profissionais de saúde, familiares e comunidades.



 
 
 

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