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Inclusão social, para quem e porquê?

Atualizado: 7 de nov. de 2019

A inclusão social deveria ser considerada direito de todos, aí é que tá a questão... ELA JÁ NÃO É? Um direito comum e pertencente a todos, que bom seria se a teoria fosse sempre alinhada com a prática, ou condizente com a realidade.


Os jovens hoje são a parcela da população que mais sofre com este tema, mas você sabe me dizer o porquê? Na verdade, até o início da vida adulta, nós como bons seres humanos que somos, estamos sempre buscando a identificação e o pertencimento a um grupo, seja ele um grupo de amigos, no nosso próprio núcleo familiar, na escola...


Quando se fala em Inclusão Social logo se pensa em pessoas com deficiência, porque “a inclusão social é o conjunto de medidas, políticas ou ações que objetivam a participação igualitária de pessoas ou grupos excluídos na sociedade. Quando se trata de pessoas com deficiência, a inclusão social é o pressuposto para a garantia do direito à igualdade previsto pela Constituição Federal a todos os cidadãos.” Não estamos aqui para dizer que é absurdo pensar na inclusão do ponto de vista de pessoas com deficiência e sim para afirmar que ela é importante e fundamental, mas não somente para este público. Claro que grande parte das pessoas com deficiência sofrem neste processo e são talvez as mais prejudicadas e as políticas hoje devem e tem como dever assegurar que ela seja por direito praticada.


Mas você já se perguntou quais e quantas pessoas necessitam ser incluídas?


Agora levanta-se a questão mais importante vista aos meus olhos, o que faz ou qual o parâmetro para excluir uma pessoa? Para considerar um grupo de excluídos? Foi-se o tempo em que dinheiro era a raiz do problema e afastava e dividia dois mundos, hoje o que afasta as pessoas, são as próprias pessoas ou melhor dizendo, o pensamento egoísta e individualista. Não podemos crucificar ou julgar quem pensa desta maneira, longe disso, porque nós caminhamos a passos largos nesta direção. Não é errado pensar em si e no seu bem-estar, todos devemos ter amor próprio e respeitar nossos limites, mas vamos concordar que tudo precisa de um equilíbrio, de uma medida, uma dosagem certa!


Tudo em excesso faz mal, assim como tudo que é muito pouco pode causar efeitos negativos e sentimentos ruins. É como se tudo ou quase tudo precisasse de um manual de instruções, explicando qual a dosagem certa para usar. E quando menciono o equilíbrio, a dosagem certa, estou aqui ressaltando o quanto andamos permeados pelo nosso meio e porque devemos sempre buscar não pender somente para um lado, mas sim andar nessa corda bamba que chamamos de vida, sempre procurando não cair, mas seguir em frente.


Voltando ao início, acredito que a inclusão social é um processo, e que em quanto processo é de extrema importância, principalmente para os JOVENS e não só para pessoas com deficiência.

Nesta fase da adolescência caracterizada pelas interações, a busca pelo pertencimento e a descoberta de si é onde “destaca-se, o modo dos adolescentes agirem diante da vida social, pois quase sempre andam agrupados confirmando e caracterizando o estilo próprio de relacionar-se e interagir com seus semelhantes, repercutindo na necessidade do adolescente de se firmar diante da sociedade”. (ARAUJO, 2010)


O adolescente, cuja raiz latina é adolescere, significa crescer e de algum modo porta um mal-estar. Freud reconheceu o mal-estar que o avanço da civilização traz, na medida que o crescimento acontece, o avanço cobra o preço da renúncia pulsional. O corpo médico aponta também um mal-estar ao nomear como dor do crescimento a sensação dolorosa nos membros inferiores decorrente do crescimento dos ossos. Entre todas essas dores e aflições se encontra o fato de se sentir incluído e pertencente a algum lugar, grupo ou meio.


Na visão de Freud existe um luto e uma perda tamanha que o jovem precisa lidar e não discordo da ideia, assim como afirmo que talvez esse processo deva ser compreendido e incentivado por todos que o cercam. Trazendo o que procuro construir e elaborar desta fase, acredito que o falar sobre, o estar presente ali e no agora, o permitir o espaço para que isso aconteça é tão, mas tão importante que defendo arduamente que sempre há tempo e espaço para discorrer sobre.


O poder da inclusão vai além do que até agora conseguimos perceber e pode mudar muita coisa. A INCLUSÃO transforma, melhora, incentiva...


Mas a mudança começa sempre por nós, com menos individualismo e mais coletivo, menos pensamentos excludentes e mais pensamentos inclusivos. Nada te impede de olhar para o lado e estender a mão. Seja essa pessoa, A PESSOA que inclui, não seja só mais um na era individualista que pensa somente em si.


VAMOS FALAR DO QUE NÃO SE FALA?! E FALAR SOBRE TUDO QUE É IMPORTANTE!!



"Inclusão, educação, justiça.

Diversidade, diferenças, respeito.

Convivência, tolerância, paz.

Palavras soltas que conectadas e incorporadas à nossa vida resultam num mundo melhor."

 
 
 

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