Sexualidade na Escola
- thaismendesm
- 9 de ago. de 2018
- 3 min de leitura
Atualizado: 12 de jul. de 2019
Falar sobre sexualidade e identidade de gênero na escola se faz necessário, pois existem padrões culturalmente impostos que não permitem a coexistência de outros gêneros dentro do ambiente social dos jovens, tratando-se de um ambiente de socialização, a escola exerce uma responsabilidade moral sobre os indivíduos, e é importante permitir que se construam debates e que se tenha abertura para falar sobre todos os assuntos dentro do âmbito escolar.
É necessário que o diálogo também esteja presente entre os profissionais, reconstruindo os discursos e o entendimento de todos, para que haja a oportunidade de acompanhar essa crescente necessidade emergente que abrange o tema sexualidade. A escola pode ser um espaço acolhedor e de esclarecimento saudável aos alunos e alunas nas suas diferentes idades. E como espaço de possibilidades, deve não só respeitar, mas sim oportunizar que tais discussões sejam realizadas, pois existem inúmeras possibilidades para que o assunto seja abordado, e a escola pode ser o primeiro passo para esse aprendizado.
Segundo a UNESCO (2013) a educação em sexualidade pode ser entendida como toda e qualquer experiência de socialização vivida pelo indivíduo ao longo de seu ciclo vital, que lhe permita posicionar‐se na esfera social da sexualidade. A educação em sexualidade está presente em todos os espaços de socialização – família, escola, igreja, pares, trabalho, mídia – mas, ocorre de forma pulverizada, fragmentada e desassociada de um plano de sociedade inclusiva baseada nos direitos humanos. Portanto, torna‐se relevante a atuação do sistema educacional na tarefa de reunir, organizar, sistematizar e ministrar essa dimensão da formação humana.
A escola é espaço de socialização e parte responsável na construção do sujeito, sendo assim se assenta sob a escola sua importância. Dentro da instituição é fundamental também a presença do profissional de psicologia, para trabalhar e desenvolver temas atuais e promover momentos dentro da escola que permitem reflexão da equipe em relação aos alunos e dos alunos em relação à equipe.
Contribuindo para este espaço o Psicologo Escolar surge para integrar parte do sistema educacional, com “Um olhar atento ao desenvolvimento integral dos estudantes que permite ao psicólogo estruturar um trabalho de orientação a alunos e pais, seja de forma individualizada, seja de forma grupal, que contribua para o desenvolvimento almejado” (MARTINEZ, p. 171, 2009). Esse olhar é mais que necessário para que os adolescentes construam personalidades, saberes e conhecimentos sobre o próprio corpo, e por consequência, de seus sentimentos e desejos.
Ainda é preciso percorrer um longo caminho na quebra de muitos tabus e mitos, mas pensamos que todo jovem tem o direito de ser orientado corretamente sobre sua sexualidade e esta deve começar no próprio lar, se estender à escola e a todas as instituições que façam parte da sociedade, e em especial nas instituições da área da saúde.
A sexualidade é considerada um tabu, pelo fato de termos sido criados para seguir padrões culturais, religiosos, e fortemente influenciados pelo senso comum, o desconhecimento sobre o assunto faz parte do cotidiano e mesmo que se procure falar sobre, ainda é necessário que se crie espaços onde isso possa ocorrer. A escola ainda é o lugar mais indicado para que os adolescentes possam sanar suas dúvidas, e é com esse pensamento que concluímos que a presença do Psicólogo facilitaria a mudança deste cenário e ampliaria o conhecimento de todos sobre um assunto tão importante nos dias de hoje.

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